segunda-feira, 3 de setembro de 2012

A Arte da Bebida

Einbecker Ur-Bock Hell

A Arte da Bebida


Paulaner Hefe-Weissbier Naturtrüb

Hoegaarden Witbier

A Hoegaarden tem sido trazida ao Brasil desde 2007 pela AMBEV. Ela é uma cerveja belga de trigo, do tipo "witbier", o que significa que diferente das tradicionais cervejas alemãs de trigo, ela utiliza trigo não-maltado, adjuntos de semente de coentro ou casca de 'laraha' (Fruta cítrica semelhante à laranja), o que confere à bebida um toque cítrico refrescante no aroma e no sabor. 

Sua fermentação tem duplo processo, dentro e fora da garrafa: 


"A primeira etapa é um processo de alta fermentação. Depois, a cerveja é engarrafada sem pasteurização e permanece em repouso por mais três semanas para que aconteça a re-fermentação dentro da garrafa. A aparência final é de uma cor amarelo ouro e opaco típico das cervejas de trigo belgas."
 
Família – Ale
Estilo – Witbier
Teor e álcool – 4,9%
Temperatura de serviço – 4 graus
Cor – Amarelo pálido, turva.
Espuma – Cremosa tipo Chantili, média/pouca formação e boa duração.
Aroma – Cítrico suave, especiarias/cravo.
Sabor – Corpo médio, média/baixa carbonatação, cítrico com notas de laranja/limão, especiarias (cravo), final cítrico e refrescante.

# Muito boa cerveja! Ótimo drinkability!! Perfeito exemplar de cerveja de trigo da escola belga sendo na verdade um expoente do estilo produzida desde 1445.
 

Guinness Draught

A história da Guinness iniciou em 1759, quando Arthur Guinness começou a produzir sua própria cerveja na cidade de Dublin, na Irlanda. Em 1862, adotou a harpa irlandesa como símbolo da cervejaria. A Guinness continua sendo produzida com a mesma composição de 250 anos atrás, utilizando malte irlandês, água, lúpulo e levedura. Hoje, a Guinness é comercializada em 155 países e possui aproximadamente 80% de participação no mercado mundial de cerveja escura. No mundo, 170 mil pubs consomem 10 milhões de pints diariamente, resultando em 120 pints por segundo. Dentre as histórias da famosa cervejaria, uma conta que foi ao redor de uma mesa de bar, em encontro regado a esta cerveja irlandesa, que surgiu o Guinness Book, o famoso livro de recordes do mundo.

Família – Ale
Estilo – Dry Stout
Teor de álcool – 4,2%.
Temperatura de serviço – 2 graus.
Cor – Preta.
Espuma – Cremosa, média formação e ótima duração por conta do nitrogênio injetado na cerveja no momento da abertura da lata, bege clara.
Aroma – Queimado, malte torrado, café.
Sabor – Pouco carbonatada, corpo médio, malte torrado, bastante lupulada com amargor do malte torrado mais evidenciado, café.

# Gosto demais dessa cerveja. É a melhor Dry Stout sem sombra de dúvidas. Até como café da manhã é bem recebida. Mas gosto é gosto e já ouvi pessoas dizendo que parece remédio.

Weltenburger Kloster Urtyp Hell


Família – Lager
Estilo – Munich Helles.
Teor de álcool – 4,9 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Amarela clara, límpida.
Espuma – Boa formação e média/pouca duração, branca.
Aroma – Malte e lúpulos equilibrados, pão.
Sabor – Médio/leve corpo, boa carbonatação, maltes e lúpulos também em equilíbrio, refrescante, final doce/amargo suave.

# Urtyp significa protótipo, esta versão se parece mais com uma clara de Munique do que com uma pilsen como indica no rótulo. Porém, a cervejaria tem sua versão Munich Helles (a Barock Hell) e também sua pilsen (a Weltenburger Pils). Boa cerveja com bom drinkability que entendi como uma helles.  

DAB Original


Família – Lager
Estilo – Dortmunder/Export.
Teor de álcool – 5,0 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Dourada, límpida.
Espuma – Boa formação e boa/média duração, branca.
Aroma – Lúpulo, cereais, maltes, doce, pão.
Sabor – Leve corpo e boa carbonatação, amargor do lúpulo menos intenso que o dulçor do malte que é mais evidente, agradável amargor final e ótimo drinkability.

# Alguns rótulos destacam “Original”, outros “Export”, mas estamos falando da mesma DAB. Cerveja gostosa e fácil de beber. Você lembra do malte, este com mais ênfase, e do lúpulo (menos) sem que eles incomodem. Perfeita representante do estilo

1795

Referência mundial em cervejas Lagers, Budweis é cidade de origem de excelentes cervejas do estilo pilsner há mais de 700 anos. Fabricada sob rigorosos e tradicionais processos, a cerveja 1795 utiliza até hoje a receita original, atingindo os mais elevados padrões estabelecidos pela D.O.C (Denominação de Origem Controlada) determinados pela União Européia.


Família – Lager
Estilo – Bohemian Pilsener.
Teor de álcool – 4,7 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Dourada intensa, límpida.
Espuma – Boa/média formação e média/pouca duração, branca.
Aroma – Maltes, lúpulo, mel intenso, doce.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, doce com amargor médio de lúpulo final, adstringente.

# Mais uma cerveja da “terra das pilsen”!! Outra Bohemian Pilsner com diacetil bem presente no aroma lembrando mel e não manteiga como é mais comum.

Gauloise Blonde / Gauloise Ambrée

 A Du Bocq foi fundada em 1858 por Martin Belot às margens do rio de mesmo nome e continua sob a administração da família por seis gerações. A linha La Gauloise (hoje, apenas Gauloise) teve sua primeira representante, a Brune, em 1928 ganhando a companhia da Blonde e da Ambrée somente em 1994. Uma curiosidade é que de 1977 a 1991 produziu a Leffe Tripel.

 
Gauloise Blonde
Família – Ale
Estilo – Blonde Ale.
Teor de álcool – 6,3 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus (cervejaria sugere 5ºC)
Cor – Dourada/alaranjada, levemente turva, com partículas suspensas.
Espuma – Boa formação e boa duração, bege bem clara.
Aroma – Doce, frutada, condimentos/coentro, cítrico, maltes, levíssimo lúpulo.
Sabor – Leve/médio corpo e boa carbonatação, doce, leve acidez, amargor muito leve de lúpulo, condimentos, cítrica e frutada.

# Esta Blonde segue a cartilha do estilo com classe e traz tudo para se perceber em aroma e sabor dentro do “permitido”.





Gauloise Ambrée
Família – Ale
Estilo – Belgian Pale Ale.
Teor de álcool – 5,5 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus (cervejaria sugere 5ºC)
Cor – Castanho claro, límpida, com turbidez quando servido final da garrafa.
Espuma – Boa formação e boa duração, bege.
Aroma – Malte, leve condimentado, leve cítrico, frutada, levíssimo lúpulo, doce.
Sabor – Leve corpo e média carbonatação, maltes, frutada, leve amargor e sabor de lúpulo, caramelo, especiarias.

# Aí uma cerveja fácil de beber! No todo, é equilibrada com aromas e sabores moderados, no ponto!!!!  





Spitfire Premium Kentish Ale

A Spitfire, foi produzida pela primeira vez em 1990, para comemorar os 50 anos da “Batalha da Grã-Bretanha”, ocasião em que os aviões “Spitfire” foram protagonistas na vitória contra os alemães, fez tanto sucesso que passou a ser fabricada sem interrupção até hoje. A tampinha da garrafa lembra o símbolo impresso nos aviões caça ingleses. Spitfire Premium, medalha de ouro no Monde Selection, em 2009.

 Família – Ale
Estilo – Special Bitter.
Teor de álcool – 4,5 % (4,2 % quando em Cask).
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Âmbar escuro, límpida.
Espuma – Boa formação e boa duração, bege.
Aroma – Lúpulo floral moderado, toffee, caramelo, frutada.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, doce, leve caramelo, sabor e amargor de lúpulo moderado, levíssima acidez, frutada, residual maltado.

# Ótima todos os sabores e aromas são bem “calibrados.” O creme com boa formação e duração foge a regra das cervejas da Inglaterra, mas isso não é demérito. Também imagino o “casamento” desta versão com um bom gorgonzola.

Einbecker Ur-Bock Hell


Família – Lager
Estilo – Helles Bock.
Teor de álcool – 6,5 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Dourado intenso, límpida.
Espuma – Boa formação e média duração, branca, cremosa.
Aroma – Maltes, biscoito evidente, pão, lúpulo moderado.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, doce dos maltes moderados equilibrados com leve amargor e sabor de lúpulo, final adocicado com retrogosto de lúpulo

# Uma genuína bock clara produzida no país criador do estilo com aroma e sabor bem definidos. Apresenta coloração muito bonita com excelente aroma maltado respaldado pelo lúpulo.

St. Gallen Weissbier


Família – Ale   
Estilo – Weizenbier  .
Teor de álcool – 5,5 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Alaranjada, média/pouca turbidez.
Espuma – Excelente formação e excelente/ótima duração, branca.
Aroma – Fermento, banana e cravo, adocicado, leve “picante” que lembra pimenta.
Sabor – Leve corpo e ótima carbonatação, adocicada, bom cravo, boa acidez, banana mais leve,

# Cor clássica de uma digna weizen! A mesma linha seguem o aroma e sabor, que são bem definidos, quando tratamos de “weizenbiers” claras!!!! Temos leveza, carbonatação relevante, aroma e sabor de banana e cravo, com a presença do fermento.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

As cervejas do tipo LAMBIC

Os tipos de cervejas LAMBIC se classificam como uma terceira categoria, em separado das Lager e Ale, por causa do seu tipo de fermentação, que é espontânea.

São feitas de trigo, porém não são adicionadas leveduras no mosto, ficando a fermentação a cargo dos agentes naturais, os quais são encontrados no ambiente.

Trata-se de um tipo muito peculiar de cerveja, dotada de uma gama extremamente numerosa de aromas, os quais vão do frutado (como framboesa, cereja ou banana) ao extremamente cítrico (como vinho branco ou vinagre). É o tipo mais antigo de cerveja feito no mundo, fato que, por si só, exige que você as experimente.


Seus tipos são:

LAMBIC-FRUIT


No processo de fabricação, após a fermentação espontânea ter começado são adicionadas frutas inteiras, como pêssegos, framboesas e cerejas. A fermentação propriamente dita é realizada pelos microorganismos presentes dentro da fábrica. Algumas lendas dão conta que as caves onde são produzidas as Lambic jamais são limpas, a fim de manter o equilíbrio original dos bolores essenciais ao caráter da cerveja que se quer produzir. Após este processo, a cerveja permanece por cerca de três anos maturando em barris de carvalho. Trata-se de uma cerveja cujo teor alcoólico é relativamente baixo (não ultrapassa os 6%), bem como a carbonatação, o que faz com que o creme, quando há, não seja denso. As Lambic tradicionais, muito mais ácidas, levam a denominação “Oud” (velha) a fim de diferenciá-las das jovens e comerciais, mais doces e balanceadas.
No tipo Lambic-Fruit estão as conhecidas Kriek (de cereja ácida) e as Framboise (de framboesa).



STRAIGHT/UNBLENDED

 
A Lambic pura, sem misturas de frutas, açúcares ou misturas de diferentes barris. São pouquíssimos os exemplos comerciais. Um deles é a Cantillon Grand Cru Bruoscsella.






GUEUZE


Trata-se de um “blend” de Lambics novas (1 ano) e antigas (2 a 3 anos), retiradas de vários barris diferentes no processo de fabrico, e que são engarrafadas para uma segunda fermentação.
Geralmente as Lambic - Gueuze são menos ácidas e mais balanceadas, algumas assemelhadas ao champagne. Inclusive, tradicionalmente são servidas em garrafas ao estilo champagne.
Representantes do estilo são Cantillon Gueuze, Mort Subite Gueuze e Lindemans Gueuze Cuvée René.





FARO


É a Lambic com açúcar. Mais saborosa, leve e sem a acidez característica das outras Lambics, é o tipo mais aceito pelo mercado. Por outro lado, perde em complexidade para os outros tipos de Lambics.



As cervejas do tipo ALE

Os tipos de cervejas ALES diferem das Lager é o tipo de fermentação, que é feita em temperaturas mais altas, geralmente entre 15 e 24ºC. É um processo antigo de fabricação, o que fez com que as cervejas do tipo Ale fossem as únicas disponíveis até meados do século XIX, quando foi inventada a baixa fermentação.

Dada essa “antigüidade”, aliada principalmente à fermentação a quente, os sabores complexos, maltados e lupulados das cervejas Ale são incomparavelmente mais perceptíveis, sendo cervejas mais encorpadas e vigorosas.

Os tipos das Ales são:
  
PALE ALES




São as Ales claras, com graduação alcoólica até 6%. Foram criadas para competirem com as cervejas Pilsen durante a Segunda Guerra Mundial, portanto compartilham a característica de serem mais suaves.






  
AMERICAN PALE ALE, designa as americanas mais claras

ENGLISH PALE ALE, também chamada de ENGLISH BITTER, ou apenas BITTER, nome usado na Inglaterra por serem mais amargas que as demais cervejas. Podem ser Standard Bitter, Especial Bitter ou Extra Special Bitter/ESB

BELGIAN PALE ALE, as Ales claras belgas.

BELGIAN BLOND ALE, algumas vezes chamadas de Golden Ale também, são as Pale Ales mais douradas e um pouco mais encorpadas

INDIA PALE ALE ou somente IPA, cerveja carregada em lúpulo, criada pelos ingleses para aumentar o tempo de conservação da cerveja que seria levada para as viagens pela Índia. Varia na intensidade de amargor e percentual de álcool de acordo com o sub-tipo, da menor pra maior: English IPA, American IPA e Imperial IPA


AMBER/BROWN E RED ALE




 

Diferenciando-se em coloração principalmente, mas também acompanhando em corpo e potência, estão algumas outras categorias de estilo:




  

AMERICAN AMBER ALE, usado na França e EUA para classificar as Ales um pouco mais escuras

AMERICAN BROWN ALE, mais excura e maltada e menos lupulada que suas "irmãs" American Pale e Ambar Ale
  
RED ALE, avermelhada devido ao uso de um pouco de malte tostado. Também chamada de IRISH RED na Irlanda. Um exemplo comercial que desde 2008 pode ser encontrado no Brasil é a Kilkenny Irish Beer, da Diageo, mesma empresa que faz a Guinness.


STRONG ALES


Denominação genérica que inclui uma variada gama de cervejas que podem ser claras ou escuras. Possuem alto teor alcoólico, que vai de 6 e pode chegar a 12%. Podem ser saborosas e balanceadas, “inserindo” harmoniosamente o álcool no conjunto, ou podem ser simplesmente fortes e desbalanceadas, evidenciando a gradação alcoólica.
Dentro deste subtipo estão as Barley Wines - quase tão fortes quanto vinho e também as Old Ale, como a Fuller's 1845, agora facilmente encontrada no Brasil.




BELGIAN STRONG ALES


 
Produzidas principalmente na Bélgica, estas possuem algumas caracerísticas diferenciadas que as fazem cair em um agrupamento diferenciado.

 Os vários tipos seguem abaixo:



DUBBEL: Cerveja do tipo Ale na qual o mestre cervejeiro adiciona o dobro da quantidade de malte do que uma cerveja “comum”. Geralmente balanceadas e de teor alcoólico mediano, possuem bom corpo e carbonatação alta.

TRIPEL: Cerveja na qual se adiciona três vezes mais malte do que em uma cerveja “comum”. Possuem, em geral, coloração amarelo-dourado, creme denso e consistente e a gradação alcoólica girará entre 8 a 12%. Aroma e sabor são complexos, macios e com forte presença de frutas o que, às vezes, pode lhe conferir um paladar adocicado. Excelente equilíbrio entre o lúpulo e o fermento utilizado no fabrico.

ABT/QUADRUPEL: São cervejas mais escuras e mais ricas, utilizando o quádruplo de malte do que em uma cerveja “comum”. O volume de álcool é sempre forte, muitas vezes ultrapassando os 10%.Entram aqui a famosíssima Westvleteren 12 e também a Rochefort 10 e La Trappe Quadrupel.

GOLDEN STRONG ALE: São as loiras mais fortes e encorpadas, até 10,5% de ácool, com colaração amarelo-dourado e sabor é frutado. Entram neste grupo: Duvel e Delirium Tremens, entre outras.

DARK STRONG ALE: São as Belgian Ales escuras, fortes e encorpadas. Com várias representantes de peso, como Chimay Bleu, Rochefort 8, essa categoria tem cervejas que chegam a 11% de álcool.



KÖLSCH



Do berço alemão de cervejas e de coloração dourada, é normalmente mais doce e com menos lúpulo que as suas irmãs. Em muitas receitas leva vários grãos, inclusive trigo. Pela regra, somente cervejas feitas em Köln (Colonia) poderiam levar o nome Kölsch, assim como ocorre com o Champagne. Entretanto, temos casos de cervejas brasileiras, como a Eisenbahn, que oferecem sua versão.






WEISSBIER (Weizenbier  ou Cerveja de Trigo)


Produzida principalmente pelas grande cervejarias alemãs como HB, Paulaner, Erdinger, e Weihenstephan, é uma cerveja feita a base de trigo (pelo menos 50%) com características do sul da Alemanha, região da Baviera. São cervejas claras e opacas, onde sobressai o trigo com o qual foram produzidas, bem como sabores frutados (banana e maça), cravo e florais. Bastante refrescantes e de graduação alcoólica moderada (entre 5 e 6%), são opacas por normalmente não serem filtradas. Produzem, em geral, um creme denso e persistente. Aqui no Brasil a Bohemia fabrica sua versão, chamada Bohemia Weiss.


As variedades possíveis são:


Hefe-Weiss ou Hefeweizen, de cor amarelada-marrom opaca, pois a levedura não é filtrada, contendo fermento na garrafa. A Erdinger Hefeweizen é a mais conhecida aqui no Brasil

Kristallweizen, de cor clara e transparente, leve na degustação. Normalmente é filtrada, não tendo adicão de levedura diretamente na garrafa. Um exemplo é a Franziskaner Weissbier Kristallklar

Dunkelweizen ou Hefeweissbier dunkel, as cervejas deste estilo contem mais trigo (de 60 a 70%) são cervejas de trigo escura, de gosto mais forte. A Erdinger tem sua versão, aquela com rótulo preto, chamada de Erdinger Weissbier Dunkel.

Weizenbock, A grosso modo é uma versão mais forte da Dunkelweizen, mais amarga e com mais álcool. È um cerveja do tipo bock com uma graduação alcoólica entre 5% e 12%. Exemplo é a Aventinus, feita pela G. Schneider & Sohn.

Witbier (Belgian White), esbranquiçadas devido às leveduras e ao trigo suspenso (daí o nome). Possui um toque cítrico de laranja, já que a casca da fruta é usada como complemento ao lúpulo. Também leva "coriander", conhecido por nós como semente de coentro. A marca mais representativa é a Hoegaarden, além da Unibroue Blanche de Chambly.



STOUT

Cervejas negras opacas, dotadas de forte sabor de chocolate, café e malte torrado, pouca carbonatação. Para suportar a viagem, essas cervejas possuíam – assim como possuem hoje – alto teor alcoólico, variando de 8 a 12%.
Sua representante mais famosa é a Guinness.
Também apresenta diversos sub-tipos como Dry Stout - Sweet Stout  - Oatmeal Stout entre outros.


  
PORTER


 
Comumente confundida com as Stouts, tem lá sua razão de ser: o nome Stout surgiu de uma diminuição do nome "Stout Porter", usado para classificar as Porters mais fortes. Portanto, a Porter é uma cerveja mais suave que sua parente Stout, normalmente com 1 a 2% a menos de álcool.
As Porters são cervejas escuras, típicas da Inglaterra, e não tão fáceis de se encontrar aqui no Brasil. Podem ser Brown Porter ou Robust Porter .Outra variedade, chamada Baltic Porter, tem mais álcool.

As cervejas do tipo LAGER

Os tipos de cervejas LAGERS são originarias da Europa Central no século 14, são cervejas de baixa fermentação ou fermentação a frio (de 6 a 12ºC), com graduação alcoólica geralmente entre 4 e 5%.

As Lagers são as cervejas mais consumidas no mundo, responsáveis por mais de 99% das vendas de cerveja do Brasil.

Os tipos de Lager estão a seguir:

PALE LAGERS


 
Lagers claras, o que você mais vê por ai. São tantos sub-tipos que fica quase impossível decorar todos, portanto listaremos os mais facilmente encontrados:





 AMERICAN LAGER: cerveja leve e refrescante, feita para matar a sede e para serem bebidas bem geladas. É o tipo das cervejas mais populares dos Estados Unidos, como exemplo a Budweiser. A maioria das cervejas populares no Brasil, como Brahma, Skol, Kaiser e Antarctica, são American Lagers, mesmo que elas se intitulem no rótulo como Pilsen. (Se titulam devido a convenção nacional para a classificação de cervejas).
  
PILSNER: a Pale Lager original, desenvolvida como receita da cerveja Pilsner Urquell. São caracterizadas por um lúpulo acentuado no aroma e sabor. Também chamadas de Pilsener.

PREMIUM: de cervejas um pouco mais lupuladas e mais maltadas que as American Lagers, tem como exemplos a Stella Artois, Heineken e Miller Genuine Draft, facilmente encontradas. Aqui no Brasil, são representadas pela Cerpa, Bavaria Premium, Brahma Extra, e outras variações das marcas mais conhecidas. Em alguns casos a palavra Premium vem sendo usada para diferenciar cervejas que suas cervejarias desejam promover em especial, não sendo necessariamente uma Premium de verdade. Em alguns casos, pode simplesmente significar Lagers com graduação alcoólica acima de 5%.

LIGHT: variação ainda mais leve da American Lager, com menos calorias e baixo teor alcoólico, é oferecida muitas vezes sob o nome Lite.

DARK LAGERS  




Lagers escuras também são bastante comuns. Quatro estilos são os mais comuns e facilmente encontrados aqui no Brasil:




MUNCHNER DUNKEL: Dunkel significa escura em alemão, portanto as cervejas Dunkel são cervejas escuras-avermelhadas, produzidas originalmente em Munique, por isso o nome Munchner. Possuem sabor maltado. Exemplos comuns são Warsteiner Dunkel e Hofbräu München Dunkel.
  
DARK AMERICAN LAGER: versão americana da Dunkel alemã, menos maltada e mais suave. Uma representante fácil de achar no Brasil é a Warsteiner Dunkel.
  
SCHWARZBIER: Schwarzbier significa cerveja preta em Alemão. Deve ser preta e não somente escura como a Dunkel. . É uma cerveja suave, com aromas que remetem ao café e ao chocolate. Também é fácil notar a presença de maltes tostados. . No Brasil, pode ser encontrada como Petra Schwarzbier.

 MALZBIER: Cerveja escura e doce, de graduação alcoólica baixa, na faixa dos 3 a 4,5%. Muito famosa no Brasil, não possui muitos correspondentes fora daqui. Na Alemanha, seu país de origem, nem é tratada mais de cerveja e sim bebida energética, já que a Malzbier original não chegava nem a 1% de álcool, pois quase não tem fermentação. Trata-se de uma american pale lager na qual, após a filtração, são adicionados caramelo e xarope de açúcar, ai a coloração escura (que não vem do malte tostado) e o sabor adocicado. Quase toda cervejaria brasileira tem sua versão, portanto basta procurar por Brahma Malzbier, Antarctica Malzbier, e assim por diante.


BOCK




Por tradição são avermelhadas, mas podem ser também de cor marrom. As cervejas bock são mais fortes do que as outras Lager; são mais robustas e mais alcoólicas, com maior presença de malte. Possuem um complexo sabor maltado devido às misturas de maltes de Viena e Munique.





TRADICIONAL BOCK: Forte de baixa fermentação, quase sempre escura, com acentuado sabor de malte. As cervejas deste estilo são encorpadas, com carbonatação moderada e álcool levemente perceptível.

DOPPELBOCK: Doppel em Alemão significa dobro. Enquanto o teor alcoólico da Bock tradicional varia de 6,3 a 7,2% a Doppelbock pode chegar a 10% de álcool por volume. Sua cor varia do dourado ao marrom escuro, chegando ao rubi.
  
EISBOCK: Bem encorpada e pouco carbonatada, diz a lenda que esta cerveja foi criada por acaso, que um aprendiz de mestre cervejeiro esqueceu alguns barris de cerveja Doppelbock fora da cervejaria em um dia muito frio, então grande parte do seu conteúdo congelou, e o que restou em liquido agradou por ser mais concentrado e alcoólico.
  
MAIBOCK / HELLES BOCK: Do grupo das Bock esse é o mais jovem, desenvolvido mais recentemente. São cervejas produzidas nos messes da primavera européia. Alguns experts defendem o termo do uso Hells Bock por julgarem este estilo como uma versão mais forte da Munich Helles. Cervejas deste estilo tem forte aroma de malte e cor variando de dourado forte a âmbar, sua espuma é branca, cremosa e persistente.







Como a Cerveja salvou o mundo: Uma história incrível.

Você sabia que a cerveja foi um elemento vital para o nascimento da civilização? Cientistas e historiadores contam a história de como a cerveja ajudou a criar a matemática, a poesia, as pirâmides, a medicina moderna, as leis trabalhistas e a América.

Não sei se a cerveja salvou realmente o mundo, mas este vídeo é interessantíssimo!!!

domingo, 5 de agosto de 2012

Matéria prima


Isso é cereal, com o qual qualquer idiota pode fazer pão; mas Deus tinha um propósito mais divino de consumo. Vamos louvá-lo e glorificá-lo pela cerveja. (Frei Tuck – Personagem da historia de Robin Hood século XIII)


Os principais ingredientes das cervejas são:


Água: é a parte fundamental na composição da cerveja, representando 90% da composição. Ela deve ser essencialmente pura, pois a sua boa qualidade está diretamente relacionada com a qualidade final do produto. 


  

Malte: é a cevada que passou por um processo de maltagem transformando o cereal em malte, também chamada de malteação, que tem por finalidade ativar as enzimas presentes no grão (principalmente a e b amilases, e a maltase) que irão atuar sobre o amido, sendo responsáveis pela transformação do mosto em cerveja. É considerado como a principal matéria-prima na confecção da cerveja.




Lúpulo: o lúpulo é uma planta trepadeira da família das moráceas (Humulus lupulus), originária das regiões temperadas do norte da Europa, Ásia e América, de cuja flor é extraída a lupulina, substância responsável pelo sabor amargo e aroma da cerveja, além de auxiliar na formação da espuma. São empregadas somente as flores femininas não fecundadas. Foram introduzidos pelos monges da idade medieval.




 
Leveduras: São os microrganismos responsáveis pelo processo de fermentação da cerveja, transformando o mosto em álcool e gás carbônico (CO2). Saccharomices cerevisiae e suas variantes (Saccharomyces uvarum, S. carlbergensis)






  Outros ingredientes (Adjuntos): são outros cereais que eventualmente podem ser adicionados durante o preparo da cerveja, como milho ou arroz, maltados ou não, resultando em cervejas de sabor, coloração e brilhos diferenciados. Utiliza se também frutas, ervas, vegetais, etc...

Cervejas ? Mas não são todas iguais ???

A Cerveja em sua essência é uma só, ou seja, a mesma em qualquer lugar do mundo, todas tem como matéria prima principal a mesma e métodos de fabricação similares uns dos outros, embora hoje já possamos contar com uma diversidade muito grande de tipos de cerveja, tipos que se diferenciam uns dos outros através de fatores como método de produção, receitas, ingredientes, cores, aromas, sabores, etc...

Tabela com os vários tipos de cerveja existentes
  
Apesar de tantas variações, normalmente classificamos as cervejas em 3 grupos distintos; As LAGER, cervejas de baixa fermentação, as ALE, de alta fermentação e as LAMBIC de fermentação espontânea.


 
O consultor de cervejas, Alexandre Guerra, explica a diferença entre as três famílias de cervejas: as Lagers, as Ales e as Lambics.


O que é CERVEJA ?



A cerveja (do latim cerevisia) é uma bebida alcoólica carbonatada produzida através da fermentação de cereais como amido e principalmente cereais maltados como a cevada e o trigo. Seu preparo inclui água, malte, lúpulo e leveduras como parte importante do processo de fabricação. Algumas receitas levam ainda outros temperos, como frutas, ervas, vegetais e outras plantas.

História da Cerveja - Resumo

Cerveja é a prova que Deus nos ama. (Benjamim Franklin)


A história da cerveja se confunde com a própria história da humanidade, por isso é  sempre complicado determinar de forma precisa o inicio da produção, porém, por tratar-se da “mágica” fermentação de grãos, podemos seguir uma das linhas de raciocínio onde se acredita que há cerca de 10 mil anos, o homem antigo descobriu, por acaso, o processo de fermentação, que surgiram em pequena escala as primeiras bebidas alcoólicas, esse processo talvez tenha se iniciado acidentalmente dentro dos jarros, vasos ou outros recipientes onde era feito o depósito dos grãos após a colheita, é bastante provável que um grupo de agricultores tenha armazenado a colheita em vasos para uso posterior, uma eventual chuva tratou de umedecer os grãos que em seguida foram colocados para secar, uma nova chuva tratou de transformar esses grãos em uma espécie de sopa que fora atacada por micro-organismos presentes na atmosfera , o que dara inicio a um processo de fermentação. A fermentação dessa sopa produz álcool a partir do açúcar. EIS A CERVEJA...


Há evidências de que a prática da cervejaria originou-se na região da Mesopotâmia (Atualmente Iraque, região entre os rios Tigres e Eufrates) onde a cevada cresce em estado selvagem. Os primeiros registros de fabricação de cerveja têm aproximadamente 6 mil anos e remetem aos Sumérios, povo mesopotâmico. Documentos históricos mostram que em 2100 a.C. os sumérios alegravam-se com uma bebida fermentada, obtida de cereais.
Nesta época a cerveja produzida era bem diferente da que consumimos nos dias de hoje. Tinha uma cor escura, forte e muitas vezes substituía a propia água que era sujeita a todos os tipos de contaminação, causando diversas doenças à população.

A expansão definitiva da cerveja se deu com o Império Romano, que se encarregou de levá-la para todos os cantos onde ainda não era conhecida. Júlio César era um grande admirador da cerveja e, em 49 a.C., depois de cruzar o Rubicão, ele deu uma grande festa a seus comandantes, na qual a principal bebida era a cerveja. A César também é atribuída a introdução de cerveja entre os britânicos, pois quando ele chegou à Britânia, esse povo apenas bebia leite e licor de mel (Conhecido como Hidromel). Através dos romanos a cerveja também chegou à Gália, hoje a França, espalhando se pelo resto do mundo; e foi aí que a bebida definitivamente ganhou seu nome latino pelo qual conhecemos hoje. Os gauleses denominavam essa bebida de cevada fermentada de “cerevisia” ou “cervisia” em homenagem a Ceres, deusa da agricultura e da fertilidade.